Geração de 654 Mil Empregos com Carteira Assinada no Início de 2025 Fortalece Recuperação do Mercado de Trabalho Brasileiro

📊 Setores produtivos reagem positivamente e impulsionam o avanço da formalização no país

O primeiro trimestre de 2025 consolidou um cenário extremamente positivo para o mercado de trabalho formal no Brasil. Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram criadas 654.227 vagas formais entre janeiro e março, representando um dos melhores saldos da última década para o período.

Esse resultado reforça o ciclo de recuperação econômica iniciado nos últimos anos, sinalizando uma retomada consistente, abrangente e sustentada. A criação de novos postos de trabalho com carteira assinada se deu de forma expressiva em diversos setores — como serviços, indústria, construção civil, agropecuária e comércio — refletindo a expansão da atividade econômica em múltiplas frentes.

Outro marco relevante foi o número de trabalhadores com vínculos ativos no Brasil, que superou 47,8 milhões de registros formais, representando o maior patamar da história. Isso demonstra o fortalecimento da formalização e o aumento do poder de compra dos brasileiros, aspectos essenciais para o aquecimento do consumo e estabilidade econômica.

🔍 Panorama Setorial da Criação de Empregos no Primeiro Trimestre de 2025

Os dados do Novo CAGED confirmam que os cinco principais setores da economia brasileira tiveram desempenho positivo na geração de empregos com carteira assinada. A seguir, os principais destaques:

1. Serviços: 340.491 empregos gerados

O setor de serviços manteve sua liderança absoluta em geração de vagas, sendo responsável por mais da metade dos novos contratos formais no país. O crescimento foi puxado por áreas como educação, saúde, tecnologia da informação, transporte, turismo e serviços administrativos, refletindo a transformação digital, o avanço da urbanização e a demanda por qualificação especializada.

2. Indústria de Transformação: 131.027 novos postos

Com desempenho robusto, a indústria brasileira teve contribuição significativa para o saldo positivo. Os segmentos mais ativos foram a indústria de alimentos, automóveis, metalurgia e têxtil, em resposta ao aumento da produção nacional e das exportações.

3. Construção Civil: 82.457 vagas preenchidas

A construção civil apresentou crescimento consistente, alavancada por obras públicas, investimentos privados em infraestrutura e pelo volume crescente de financiamentos habitacionais. Rodovias, ferrovias e projetos de moradia popular impulsionaram a contratação de mão de obra.

4. Agropecuária: 50.413 empregos formais

A agropecuária segue contribuindo com força para o mercado formal, influenciada pelo calendário agrícola. A colheita da soja e do milho e o início do plantio de cana-de-açúcar movimentaram a contratação nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

5. Comércio: 49.839 admissões

Mesmo com um ritmo sazonalmente mais lento no início do ano, o comércio apresentou saldo positivo. Os destaques foram o atacado, o setor de materiais de construção, supermercados, farmácias e o comércio eletrônico, influenciados pelo aumento do consumo e maior confiança do consumidor.

🧑‍💼 Perfil dos Profissionais Contratados em 2025: Juventude, Inclusão e Diversidade

Os dados revelam um ambiente mais inclusivo e diversificado no mercado de trabalho formal. Entre os perfis predominantes entre os contratados:

• Jovens entre 18 e 24 anos responderam por 45% das admissões, impulsionados por programas de inserção como jovem aprendiz e estágios, além da alta concentração em vagas nos serviços.

• Mulheres representaram mais de 51% das novas contratações, com destaque para áreas como educação, saúde, varejo e recursos humanos.

• A escolaridade de nível médio completo se consolidou como o principal critério entre os admitidos, demonstrando sua relevância para empregabilidade.

• Negros e pardos ampliaram sua presença nas admissões, ainda que persistam desigualdades salariais. Iniciativas de diversidade vêm promovendo maior inclusão nos processos seletivos.

• O número de pessoas com deficiência (PCDs) contratadas também cresceu em relação ao mesmo período do ano anterior, ainda que o avanço demande mais ações afirmativas por parte das empresas.

Esses dados reforçam a importância de políticas de inclusão no mercado de trabalho e o papel da diversidade na construção de ambientes corporativos mais justos e representativos.

💵 Salário Médio de Admissão em Alta: Vagas Mais Qualificadas e Estáveis

Outro ponto relevante do primeiro trimestre foi a valorização salarial nas admissões formais. O salário médio de entrada subiu para R$ 2.102,37, acima dos R$ 2.021,60 registrados no início de 2024, o que representa ganho real em termos de poder de compra.

Além disso, mais de 85% das novas contratações foram formalizadas por tempo indeterminado, demonstrando um avanço na estabilidade contratual. Os contratos permanentes frequentemente incluem benefícios trabalhistas, como vale-alimentação, assistência médica, vale-transporte e previdência complementar.

Essa elevação na qualidade dos empregos reflete a demanda por profissionais mais qualificados e o fortalecimento das relações trabalhistas, em contraste com os índices de precarização observados em anos anteriores.

🌎 Expansão Regional do Emprego Formal: Crescimento em Todas as Regiões

A criação de empregos formais ocorreu em todas as regiões do Brasil, mostrando uma distribuição mais equilibrada das oportunidades de trabalho:

• Região Sudeste: São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo lideraram o volume de novas vagas, somando mais de 270 mil admissões formais.

• Região Sul: Estados como Paraná e Santa Catarina tiveram forte desempenho, especialmente na indústria de transformação e agropecuária.

• Centro-Oeste: Goiás e Mato Grosso impulsionaram os resultados com o agronegócio e obras de infraestrutura.

• Nordeste: Estados como Bahia, Ceará e Pernambuco apresentaram saldo positivo, apoiados pelo turismo e polos industriais.

• Região Norte: Embora com menor volume, houve expansão em setores estratégicos como logística, construção civil e energia.

Essa expansão regional reflete o impacto de políticas públicas descentralizadas, incentivos fiscais e projetos de desenvolvimento que visam reduzir a concentração de oportunidades nos grandes centros urbanos.

🧠 Análise de Especialistas: Perspectivas de Sustentação do Crescimento Econômico

Especialistas em mercado de trabalho avaliam que o bom desempenho do primeiro trimestre de 2025 se deve a uma combinação de fatores: inflação sob controle, estabilidade fiscal, digitalização dos negócios e confiança empresarial.

Segundo o economista Rodrigo Maia, da consultoria Emprego e Renda:

“A criação de mais de 650 mil empregos com carteira assinada em apenas três meses mostra que o Brasil entrou numa fase sólida de crescimento econômico. O ambiente de negócios mais estável permitiu a retomada dos investimentos e a geração de empregos de maior qualidade.”

No entanto, Maia também alerta para a necessidade de continuidade:

“Para sustentar esse ritmo, será fundamental investir em educação técnica, infraestrutura digital e logística, além de ampliar o crédito para pequenas e médias empresas.”

📆 Expectativas para o Segundo Trimestre: Projeções Otimistas

Com base no ritmo atual, o governo projeta que o primeiro semestre de 2025 poderá ultrapassar a marca de 1,2 milhão de empregos formais. A tendência é de que setores como tecnologia, agronegócio, construção pesada e turismo mantenham a liderança na geração de vagas.

As próximas divulgações do Novo CAGED devem confirmar se o cenário de crescimento será mantido, com expectativa de resultados expressivos também nas regiões Norte e Nordeste.

Avanço da Formalização Impulsiona Nova Fase do Emprego no Brasil

O saldo do primeiro trimestre de 2025 posiciona o Brasil em uma nova fase de valorização do trabalho formal. A geração de 654 mil novos postos com carteira assinada, somada à elevação do salário médio, ao avanço da inclusão social e à melhoria na qualidade dos vínculos, sinaliza que o país está caminhando para um mercado de trabalho mais estável, diverso e promissor.

A formalização e o crescimento de oportunidades se tornam pilares centrais de uma recuperação econômica que valoriza o capital humano e impulsiona o consumo interno. Se esse ritmo for mantido, 2025 pode se tornar um marco histórico na consolidação de um mercado de trabalho mais justo e competitivo no Brasil.